Frases retiradas do livro: Alma sobrevivente (do capítulo sobre Martin Luther King Jr.)
“a resistência sem violência é a mais potente arma à disposição do povo oprimido em sua luta pela liberdade” Martin Luther King Jr.
“Alguém que quebra uma lei injusta deve fazê-lo de maneira aberta, amorosa e com disposição para aceitar as conseqüências.” (Martin Luther King Jr.)
“Depois de quase meio século, é muito fácil perdermos a noção de quão enormes foram as dificuldades enfrentadas por King para manter a sua posição a favor da não violência. Depois de ter apanhado na cabeça com um cassetete pela 12 vez, de receber outro golpe de aguilhão de gado e de não ver progresso algum apesar de todo seu sofrimento, você começa a questionar a eficácia do método de meiga submissão. Muitos negros abandonaram King neste aspecto.”
“Quando os distúrbios começaram a acontecer em cidades como Los Angeles, Chicago e em bairros como o Harlem, King viajou de cidade em cidade, procurando acalmar os ânimos e lembrando os manifestantes de que a mudança moral não pode ser alcançada por meios imorais. Ele havia aprendido esse princípio no Sermão do Monte, e quase todos os seus discursos reiteravam essa mensagem. ‘O cristianismo’, dizia ele, ‘tem sempre insistido que a cruz que carregamos precede a coroa que usaremos. Para ser cristão, alguém precisa tomar sua cruz, com todas as dificuldades, agonias e tensões que ela contém, e carregá-la até que deixe marca em nós e nos redima, levando-nos por um caminho ainda mais excelente que só se encontra por meio do sofrimento’.”
“King se apegou à não-violência porque acreditava profundamente que somente um movimento baseado no amor poderia impedir que o oprimido se tornasse no espelho de seus opressores. Ele queria mudar os corações dos brancos, sim, mas de uma maneira que, em momento algum, pudesse endurecer o coração dos negros que ele estava conduzindo à liberdade. Ele acreditava que a não-violência poderia ‘impedir que o negro procurasse substituir um tirano por outro’.”
(discurso de King numa reunião com o prefeito de Chicago – Richard J. Dailey – que havia traído o acordo com o movimento de marchas como forma de protesto para os direitos civis negros e conseguido mandado judicial para proibi-las) Depois de muitas discussões e brigas, King disse:
“Permitam-me dizer que, se vocês estão cansados de protestos, eu estou cansado de protestar. Estou cansado da ameaça de morte. Quero viver. Não quero ser um mártir. E há momentos em que penso se vou conseguir escapar. Estou cansado de apanhar, cansado de receber golpes, cansado de ir para a cadeia. Mas o importante não é quanto estou cansado; a coisa mais importante é nos livrarmos da condição que nos leva a marchar.
Senhores, vocês sabem que não temos muita coisa. Não temos dinheiro suficiente. Realmente não temos estudo e não temos poder político. Temos apenas nossos corpos, e vocês estão pedindo que abdiquemos da única coisa que possuímos quando dizem: “Não marchem”.”
Este discurso mudou o clima da reunião e levando a um novo acordo.
“Para King, a visão ampla significava lembrar-se de que, independentemente da aparência das coisas em determinado momento, Deus reina.”(p.32)
“Um profeta convoca-nos diariamente a executar atos de obediência, independentemente do custo pessoal, independentemente de sermos bem-sucedidos ou recompensados. Um profeta também nos lembra que nenhum fracasso, nenhum sofrimento, nenhum desalento é definitivo para Deus que se levanta nas sombras, olhando por aqueles que são seus. Um profeta capaz de reunir essas mensagens pode simplesmente mudar o mundo.”(p.33)
“O conceito de Jesus de que o amor é superior ao ódio é uma verdade misteriosa e profunda. Pode ser que eu não consiga vê-lo em muitos momentos de minha vida, mas sei que é verdadeiro.” (Escrito por John Perkins)(p.37)
“King dizia que seu verdadeiro objetivo não era derrotar os brancos, mas “despertar um senso de vergonha dentro do opressor e desafiar seu falso senso de superioridade(...) o fim disso tudo é a reconciliação; o fim é a redenção; o fim é a criação de uma comunidade amorosa”. (p.40)
“Só existe uma coisa que me perturba mais do que os pecados do passado: o pecado que não enxergo hoje.”(p.42)
“Foi preciso que houvesse a grandeza de um Martin Luther King Jr para despertar a consciência de uma nação no século passado. O que nos impede, neste novo século, de criar a comunidade amorosa de justiça, paz e amor pela qual King lutou e morreu? Em quais questões atuais a Igreja teima em estar do lado errado? Como King costumava dizer a presença de injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar.” (p.43)
Para saber mais sobre o assunto:
Para matar um tordo, Carta de uma prisão em Birmingham – Martin Luther King Jr.
Negro como eu – John Howar Griffin
Autobiografia de Malcon X (Alex Haley)
Suportando a cruz – David Garrow
Divisor de águas – Taylor Branch
Ansiedade
Há um mês
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