Depois de tanta coisa que eu postei nos ultimos dias, veio aprouve ao Senhor colocar em minhas mãos, dois livros: Feridos em nome de D-us e Alma Sobrevivente.
Pela minha recente trajetória e por ver tanta barbaridade resolvi publicar um artigo sobre Bullying. Muito já se falou sobre este processo de agressão na escola, agora se fala muito em bullying cibernético. Estes envolvem crianças e adolescente. Fiquei me perguntando, depois que li a história de Davi e estes dois livros me apareceram como presentes: Será que não existe uma forma de bullying adulto. Descobri que tem e descobri que a organismo chamado IGREJA já está infectada com o tal "vírus".
"violência psicológica ou bullying. Bullying é uma palavra inglesa que significa usar o poder ou força para intimidar, excluir, implicar, humilhar, não dar atenção, fazer pouco caso, e perseguir os outros."
"Ao sofrer a violência do tipo bullying, tanto as crianças como os adultos, sozinhos, não têm como se defender. Os colegas, embora digam repudiar esse tipo de violência psicológica e sentirem pena, declaram que nada podem fazer para defendê-la, com medo de serem a próxima vítima."
"Ao sofrer a violência do tipo bullying, tanto as crianças como os adultos, sozinhos, não têm como se defender. Os colegas, embora digam repudiar esse tipo de violência psicológica e sentirem pena, declaram que nada podem fazer para defendê-la, com medo de serem a próxima vítima.
Muitas crianças vítimas de bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e geralmente evitam retornar à escola quando esta nada faz em defesa da vítima. A fobia escolar geralmente tem como causa algum tipo de violência psicológica. Segundo Aramis Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da ABRAPIA (Associação Brasileira Pais, Infância e Adolescência,) a maioria dos casos de bullying ocorre no interior das salas de aula, sem o conhecimento do professor.
Além de conviver com um estado constante de pavor, uma criança ou adolescente vítima de bullying talvez sejam as que mais sofrem com a rejeição, isolamento, humilhação, a tal ponto de se verem impedidas de se relacionarem com quem ela deseja, de brincar livremente, de fazer a tarefa na escola em grupo, porque os mais fortes e intolerantes lhe impõem tal sofrimento.
Também faz parte dessa violência impor à vítima o silêncio, isto é, ela não pode denunciar à direção da escola nem aos pais, sob pena de piorar sua condição de discriminada. Pais e professores só ficam sabendo do problema através dos efeitos e danos causados, como a resistência em voltar à escola, queda de rendimento escolar, retraimento, depressão, distúrbios psicossomáticos, fobias, etc.
No âmbito universitário não são raros os casos de mestrandos e doutorandos, no decorrer de sua pesquisa, serem vítimas de várias formas de pressão psicológica, normais, como os prazos de entrega dos trabalhos, falta de dinheiro para continuar a pesquisa, falta de apoio do orientador, familiares, colegas e amigos. E, anormais, como o assédio moral, bullying, etc. O bullying tem o poder levar o pesquisador ao travamento de sua produção intelectual, além de causar danos à sua existência cotidiana.
Lopes Neto observa que há casos de suicídio de pessoas que não suportaram tamanha pressão psicológica advindas do bullying. Talvez o pior efeito da pressão sofrida nos casos de bullying é a vítima se sentir condenada à ‘inexistência’, ou à ‘invisibilidade’, geralmente levado a cabo por grupo que combina entre si ignorar um colega, fazer de conta que ele não existe, desqualificá-lo na sua competência intelectual, ou rejeitar um pedido seu, etc. Há casos em que esse tipo de vítima passa a sofrer tão baixa auto-estima que nem sequer tem forças para desabafar com alguém.
Por outro lado, existem casos em que a vítima aprende a conviver com a situação se tornando uma voluntária servil do dominador"
“Obrigar o filho a enfrentar os agressores pode não ser a melhor solução, visto que ele está fragilizado, ou seja, corre o risco de sofrer uma frustração ainda maior”, diz Lopes Neto. Mas, fazer de conta que não existe bullying ou outro tipo de violência psicológica na escola é, no fundo, autorizar a prática de mais violência. É preciso estar atento para o risco de suicídio onde a vítima sem auto-estima alucina tal ato como ‘saída’ honrosa para o seu sofrimento."
"O adulto que pratica bullying pode estar sendo influenciado por uma organização perversa do trabalho burocrático, ou por um grupo que usa a intolerância como meio de expressão política. É preciso estar muito atento aos grupinhos informais de traços neofascistas, as gangs, porque a afirmação da sua identidade narcísica é conseguida por meio da intolerância, da discriminação e da violência.
Segundo pesquisas, existe uma relação de continuidade entre a criança cuja estrutura psíquica é perversa, que cometia atitudes anti-sociais, e o adulto que comete atos delinqüentes ou criminosos, lembra Lopes Neto. A estrutura psíquica é a mesma. São casos em que a educação falha, embora o sujeito possa obter algum sucesso na sua vida escolar e profissional. Adquirir conhecimento ou um título de doutor nada tem a ver com adquirir sabedoria. Por vezes, encontramos pessoas cujo conhecimento fez aumentar sua arrogância e insensibilidade em relação ao próximo."
"Acrescento mais um dado importante: a linguagem usada pelo – indivíduo ou grupo do tipo perverso– não é visivelmente violenta, embora possa ser sentida a “tonalidade glacial’ da voz e a pretensão de passar objetividade, ao dizer” Não é nada pessoal contra você “. Obviamente que essa denegação mal disfarça o sentimento de raiva contra você. Também quando se tenta passar por”objetiva”, dizendo “É que estou muito preocupada com o bom andamento do curso, ou da universidade pública, ou da nação...) pretende-se disfarçar a nudez forte da subjetividade. Hirigoyen (2000 : 121) observa que “o tom [da voz do agressor intelectual] não se altera, deixando o outro se enervar sozinho, o que pode levá-lo a desestabilizar-se”, para dizer depois “Estão vendo como ele é agressivo!?”, ou “Ele/ela não passa de um(a) histérico(a) que sempre grita!”. Vários autores alertam para alguns tipos de uso da linguagem que afeta o psiquismo do outro: a comunicação do tipo ‘paradoxal’ (“quando a mensagem só é ela própria se não for e não o é se o for”) , a comunicação de ‘duplo vinculo’ (que faz a vítima sentir-se culpada), e a ‘dissonância cognitiva’. (Cf: Amado & Guittet, 1978; Watzlawick et. al., 1973). "
"La Boétie em Discurso da Servidão Voluntária (1982) se pergunta por que algumas pessoas preferem continuar servindo a vontade de outrem, abdicando assim de sua liberdade de escolha e de autonomia existencial? Como é possível que uma doutora, por exemplo, se torne servil à vontade de alguém que se comporta como tirano? Por que há pessoas que não enxergam a diferença entre ser amigo e ser um discípulo subserviente? O livro Discurso da Servidão Voluntária parece eliminar a ilusão de que todos os homens desejam a liberdade, contradiz essa crença com a observação de que a violência e a tirania muitas vezes se sustentam em pessoas que gozam de servir a uma outra, supostamente mais poderosa, carismática, que inspira temor reverencial, etc. Segundo Chauí (op.cit.: 200-1), “a tirania (...) nasce do desejo de servir e é o povo que gera seu próprio infortúnio, cúmplice dos tiranos. Doença que se propaga por contaminação, a tirania ataca a sociedade inteira. E se o segredo do costume é ‘ensinar-nos a servir’, nenhum costume é antídoto para a servidão”.
"“A perversidade não provém de uma perturbação psiquiátrica [tal como os loucos] e sim de uma fria racionalidade, combinada a uma incapacidade de considerar os outros como seres humanos” (Vignoles, 1991: 13). A estrutura psíquica perversa age na contramão das regras da convivência humana e da lei da cultura. Os perversos tendem a cometer atos delituosos, e também usam de palavras e ardis para ferir ou destruir pessoas ou um sistema moral (a exemplo do discurso sadeano), porém, há controvérsias se o perverso seria um maldoso que age ‘mal’ sem querer, ou seja, se a perversidade é uma disposição involuntária para o mal, ou se o perverso [estrutural] se distingue do maldoso [circunstancial] surgido como sintoma da sociedade contraditória."
"Geralmente o leigo confunde perversão com psicose ou loucura. “A perversão não é uma simples aberração da conjunção sexual em relação aos critérios sociais estabelecidos” (Chemama, 162). “A perversidade não provém de uma perturbação psiquiátrica [tal como os loucos] e sim de uma fria racionalidade, combinada a uma incapacidade de considerar os outros como seres humanos” (Vignoles, 1991: 13). A estrutura psíquica perversa age na contramão das regras da convivência humana e da lei da cultura. Os perversos tendem a cometer atos delituosos, e também usam de palavras e ardis para ferir ou destruir pessoas ou um sistema moral (a exemplo do discurso sadeano), porém, há controvérsias se o perverso seria um maldoso que age ‘mal’ sem querer, ou seja, se a perversidade é uma disposição involuntária para o mal, ou se o perverso [estrutural] se distingue do maldoso [circunstancial] surgido como sintoma da sociedade contraditória. De qualquer forma, uma autora como a psiquiatra Hirigoyen (2000) observa que o perverso tem consciência que faz maldade para com uma vítima escolhida para tal finalidade. Portanto, o modo de ser-agir perverso é diferente do modo de ser-agir psicótico (louco), que alucina, delira, como se vivesse noutro mundo. Freud em 1914 [em Introdução ao Narcisismo] refere-se à psicose quando o sujeito recusa ou rejeita uma determinada realidade, ou quando o sujeito por alguma razão se desliga do mundo exterior. O perverso, pelo contrário, está plenamente ligado ao mundo exterior para atuar nele, impor seu desejo narcísico e lucrar com ele. Em nossa época, os estudos sobre a perversidade viraram um capítulo especial chamado de “assédio moral” por Hirigoyen (op.cit.), só que o bullying acontece entre iguais, por exemplo, colegas de estudo ou de trabalho, enquanto que o assédio moral é uma ocorrência entre desiguais, isto é, quando alguém em posição de poder (patrão, chefe, professor, médico, psicoterapeuta, colega de trabalho, etc.) usa de palavras e/ou ações ambíguas (pouco claras de sentido, sutis) que não são imediatamente percebidas como sendo agressivas ou destrutivas, porque outras mensagens , emitidas simultaneamente com elas se confundem e, por isso mesmo, terminam por atingir o moral, a auto-estima e a segurança de outrem. A vítima indefesa, introjeta em seu psiquismo tal "veneno", causando-lhe efeitos que vão desde a dúvida sobre sua competência ao sentimento corrosivo da magoa consigo próprio, podendo inclusive disparar uma depressão ou fobia, já latentes. Há casos comprovados de suicídios provocados por assédio moral. A maldade proveniente do assédio moral geralmente é praticada por perversos narcisistas. “A maldade é um tipo de relação perversa a outrem, e a perversidade, uma disposição ‘maligna’ da qual é difícil afastar a priori o espírito de maldade” (Vignoles, 1991: 11)."
PS: Textos tirados de diversos lugares da net!
Ansiedade
Há um mês
2 comentários:
Oi linda! Como estás?
Sabes que Keles está gravidinha? Esperando bebezinho? Falei pra ela que ia espalhar pra todo mundo de tão feliz que fiquei!!rs
Um beijo!
Paz
Fê! Eu também Marino!
Você já leu a carta daMarinaao Dom Moacyr?
http://www.minhamarina.org.br/blog/2010/05/ao-amado-dom-moacyr/
Beijo graaande!
Postar um comentário